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Quais são as principais causas da prisão de ventre?

No mundo, estima-se que 15% das pessoas sofrem com o quadro, que torna as fezes duras e difíceis de serem eliminadas, provocando bastante incômodo.

Popularmente chamada de “intestino preso”, a prisão de ventre ou constipação é um problema que afeta até 30% da população brasileira. No mundo, estima-se que 15% das pessoas sofrem com o quadro, que torna as fezes duras e difíceis de serem eliminadas, provocando bastante incômodo.

Aliás, é a justamente o estado das fezes, e não a frequência com que se vai ao banheiro, o que determina o diagnóstico da prisão de ventre. Continue a leitura para saber:

O que é prisão de ventre?
Quais os sintomas da prisão de ventre?
Quais as complicações da prisão de ventre?
Quais as principais causas da prisão de ventre?
Quais as formas de tratamento e prevenção da prisão de ventre?

O que é prisão de ventre?

A prisão de ventre ou constipação intestinal ocorre quando a pessoa tem dificuldade em eliminar as fezes, mesmo tendo vontade de ir ao banheiro. Quem sofre de prisão de ventre tem as fezes duras, ressecadas, pequenas ou em pedaços e difíceis de serem eliminadas. Algumas pessoas sentem dor ao tentar ir ao banheiro e podem, eventualmente, desenvolver hemorroidas pelo excesso de esforço na região retal.

E, diferente do que muita gente acredita, a frequência não é o fator mais determinante para diagnosticar a prisão de ventre. Existem pessoas que só evacuam, por exemplo, três vezes por semana e que sentem o intestino plenamente “vazio” e/ou não têm dificuldade para eliminar as fezes. Nesses casos, mesmo não indo ao banheiro todo dia, são consideradas saudáveis.

No entanto, um paciente que vai ao banheiro diversas vezes e não consegue eliminar as fezes, faz muito esforço e mesmo assim se sente inchado e ainda “insatisfeito” com o esvaziamento pode, sim, estar sofrendo de constipação intestinal.

Quais são os sintomas da prisão de ventre?

Como vimos, a frequência com que se vai ao banheiro não é o fator mais importante para de determinar ou não um quadro de prisão de ventre. Isso porque cada organismo é único e funciona em ritmo diferente e individual. Por isso, para se caracterizar um quadro de constipação ou prisão de ventre, é preciso levar em conta alguns critérios. São eles:

Ir ao banheiro menos do que duas vezes na semana, ainda que sentindo muita vontade de eliminar as fezes;
Dificuldade em eliminar as fezes;
Necessidade de fazer muito esforço e, geralmente, com baixa quantidade de fezes eliminada;
Sensação de intestino cheio e barriga pesada;
Distensão abdominal;
Gases;
Cólicas;
Fezes serem em formato pequeno, ressecadas e duras.

Outros sintomas bastante comuns também são a presença de grande quantidade de fezes no canal retal, histórico de eliminação de fezes grandes (que chegam a entupir o vaso sanitário) com certa frequência e histórico de retenção fecal voluntária excessiva.

Vale dizer que a prisão de ventre é um quadro bastante comum e que quase todo mundo já experimentou ou vai experimentar na vida. Na maioria dos casos, é uma situação benigna e transitória, sem maiores sequelas. Quando o problema se torna crônico, no entanto, é importante buscar ajuda médica para que seja feita uma avaliação mais aprofundada e entender se a constipação pode ser o sintoma de outras condições de saúde mais complexas, como diverticulite e até câncer de cólon.

Quais as complicações da prisão de ventre?

A complicação mais comum da prisão ventre é o fecaloma, uma massa fecal que pode obstruir o cólon, impedindo que a pessoa elimine as fezes. Nesses casos, o recomendado é que o paciente faça uma lavagem intestinal para liberar a passagem das fezes.

Outra complicação que pode ocorrer são as hemorroidas, isto é, quando as veias presentes no reto (parte final do intestino grosso) saem para fora pelo excesso de força feito ao evacuar, podendo causar dor e sangramento na região anal.

Quais são as principais causas da prisão de ventre?

A maioria dos casos de prisão de ventre é provocada por questões ambientais, ou seja, hábitos de vida que prejudicam ou não favorecem o funcionamento do intestino e a eliminação das fezes. São elas:

Dieta pobre em fibras alimentares;
Baixo consumo de água;
Falta de atividade física (especialmente em idosos);
Uso de alguns medicamentos;
Mudanças de rotina (como viagem ou gravidez);
Ignorar a vontade de ir ao banheiro ou esperar demais para ir.

Há ainda outros fatores que envolvem algumas condições de saúde, tais como:

Síndrome do intestino irritável;
Doença celíaca (intolerância ao glúten);
Consumo de leite para quem é intolerante;
Uso excesso de laxantes;
Problemas na função intestinal;
Problemas no cólon e no reto.

Quais as formas de tratamento e prevenção da prisão de ventre?

Quando a constipação intestinal se torna crônica, o tratamento recomendado pelo médico pode incluir, dependendo do caso:

Modificação dos hábitos alimentares, com a inclusão de mais fibras e maior ingestão de líquidos;
Uso de fibras suplementares;
Uso de laxantes, de forma controlada, para ajudar na eliminação das fezes e melhora clínica.

Também pode fazer parte do tratamento para prisão de ventre a fisioterapia para treinar a contração e o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico e região retal, auxiliando na eliminação das fezes.

Além disso, estudos científicos também comprovaram que os probióticos podem ajudar a prevenir a constipação intestinal. Probióticos são alimentos ou suplementos alimentares contendo microrganismos “do bem” que vão colonizar o intestino e fazer com que ele desempenhe melhor suas funções, equilibrando a microbiota intestinal.

Quando há um desequilíbrio na microbiota, a chamada disbiose, a prisão de ventre pode ser um dos sintomas de que esses microrganismos benéficos estão em menor quantidade. Por isso, além do aumento da ingestão de fibras e líquidos, o consumo de alimentos e suplementos probióticos pode ser uma recomendação médica para prevenir e tratar quem tem mais propensão a sofrer com o problema.